Buriti Bravo enfrenta uma das piores estiagens dos últimos anos, trazendo sérias consequências para a agricultura e o emprego rural. A falta de chuvas entre março e abril — período essencial para o desenvolvimento das lavouras — afetou drasticamente a produção e o sustento de centenas de famílias.

Segundo o produtor rural Sr. Mendes, da Fazenda Pau D’Arco, a situação é alarmante. “Neste período, normalmente chove cerca de 600 mm. Este ano, mal passou de 200 mm. Em março, praticamente não choveu nada”, afirmou. A consequência direta foi a perda de mais de 40% da lavoura de milho, cultura que depende fortemente de água durante o enchimento dos grãos.

A soja também não escapou: foram plantados 3 mil hectares com expectativa de colher 65 sacas por hectare, mas a colheita média foi de apenas 48 sacas. Com os prejuízos financeiros, o impacto social também se agrava. “No auge da produção, a fazenda costuma empregar até 60 trabalhadores. Hoje, só temos três. E, se não chover, vamos plantar metade do que plantamos no ano passado”, lamenta Mendes.

A estiagem expõe a fragilidade do setor agrícola diante das mudanças climáticas e acende o alerta para medidas urgentes de apoio ao campo, para garantir produção, renda e empregos no município.

Deixe um comentário

Tendência